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domingo, 13 de agosto de 2023

Roberta Kelly - A Chave - 13º Capítulo






Capítulo Treze

_ Layla?
_ Hum...
_ Pensei que estivesse dormindo.
_ Não. Estava fazendo planos, mas não cheguei a nenhuma conclusão.
_ Então não devo perguntar se estou neles.
_ Eram planos sobre outros assuntos Scott. Nada que interfira muito na minha vida.

_ Sei o que Scott estava tentando fazer. Ele queria uma posição segura ao meu lado antes que Born voltasse, mas eu não ia dar a nenhum deles esperança alguma.
Marie adormeceu, estava exausta. Ficamos um bom tempo em uma posição desagradável atrás dos armários, e os pontos dela ainda não estão bons.
Eu estava deitada, mas a cabeça fervilhava com pensamentos e não consegui dormir. Seria fácil não ter que conversar por um tempo. Dr. Austin voltou.

_ Scott, os oficiais estão aí e querem falar com você.
_ Eu já esperava por isso.
_ Layla, eu trarei os oficiais aqui depois para que não precisem ver o que há fora do quarto.
_ Tudo bem Dr. Austin. E Born já voltou?
_ Sim, ele está sendo interrogado, mas deixou o álbum em meu escritório. Tranque a porta. Vamos Scott.
_ Tranquei a porta e só voltaria a abri-la quando ouvisse uma voz conhecida.

_ Marie, acorde. Marie.
_ O que foi Layla?
_ Calma, está tudo bem. Só quero que acorde para trocar de roupa. Os oficiais virão nos interrogar aqui no quarto. Vista algo que te cubra um pouco mais.
_ Você já está pronta?
_ Sim. Troquei-me quando Scott saiu.

_ Marie arrumou-se e encostou-se à cabeceira da cama.
Ambas queriam ir ao toalete, mas fomos proibidas de deixar o quarto.

_ Layla? Por favor, abra. Sou eu, Born.

_ As batidas desesperadas me assustaram, na verdade tudo estava me assustando depois do que aconteceu.

_ Oh Layla, voltei o mais depressa que pude.
_ Ainda está muito ruim aí fora?
_ Não muito, por quê?
_ Queremos ir ao toalete, mas Dr. Austin nos proibiu de sair do quarto.
_ Eu posso levá-las, se quiserem.
_ Queremos sim. Vamos Marie?
_ Sim, vamos.

_ Ele nos acompanhou e chegando à porta ele bateu. Como não houve resposta ele entrou para ver se não havia perigo.

_ Podem entrar, eu ficarei na porta. Se precisarem, gritem.
_ Tudo bem, obrigada.

_ Entramos e fomos o mais rápidas que conseguimos e quando saímos Scott estava junto à porta encarando Born.

_ Está tudo bem aqui?
_ Sim, claro. Vamos?

_ Born respondeu com tom casual e pegou o meu braço. E antes que Scott reagisse já estávamos caminhando. No longo corredor as luzes estavam fracas para não deixar à mostra o sangue que ficou no chão, mas ainda dava para ver. Os oficiais ainda teriam que ver para depois deixar que lavassem.
Chegando ao quarto o “segundo” café da manhã estava esperando. Uma outra auxiliar havia levado. Teríamos que nos contentar porque o almoço seria servido muito tarde, já que o hospital estava em crise no momento.

_ Born, onde está a auxiliar? E também não vi a enfermeira Rosa.
_ Layla, sinto muito. Elas foram atacadas e não resistiram.
_ Como? Elas não deviam estar aqui.
_ Comecei a chorar. Não tinha imaginado a morte tão perto antes, mesmo sabendo que eu poderia ter morrido também. Quanta inocência.

_ Elas vieram mais cedo para sair mais cedo. Tinham um compromisso e...
_ E agora nem vida elas têm. Oh meu Deus, por que isso está acontecendo?
_ Layla, eu já fui liberado pelos oficiais, então posso te fazer companhia até o Dr. Austin poder mostrar as fotografias.
_ Tudo bem. Algum de vocês vá ver se o Dr. Austin está ocupado ainda.
_ Eu vou. Scott fique com elas. Vou trazer os álbuns.

_ Scott não respondeu. Born foi até à sala do Dr. Austin pegar os álbuns, mas quando voltou os oficiais estavam no quarto, então, ele esperou.

_ Srta. Grace, viu quem fez essa barbaridade?
_ Sim senhor, mas nunca o tinha visto antes.
_ Tem certeza?
_ Sim, tenho.
_ Mas por que a deixou viva já que você viu o rosto dele?
_ Não sei explicar, mas talvez tenha se assustado. Pensou que eu estaria dormindo.
_ E por que estava acordada Srta. Grace?
_ Tenho um sono leve e pensei ter ouvido um grito. Então fiquei acordada até alguém aparecer. Ao invés de uma enfermeira, apareceu esse homem. Ele saiu e então acordei minha prima Marie. E logo depois o homem apareceu de novo, mas a cor da camisa era diferente. Ficamos pensando sobre isso e achamos que podem ser dois. E só podemos ajudar por fotos.
_ Trarei o álbum de criminosos da delegacia. Volto mais tarde.

_ Os oficiais foram embora e então Born entrou com os álbuns. Olhei vagarosamente uma a uma, e então...

_ É este.
_ Marie você concorda?
_ Sim Dr. Austin, é ele.
_ Estranho. Edgar não tem irmão gêmeo.
_ Mas é este homem. Apareceu duas vezes e com camisas diferentes ou alguém parecido.
_ Sim Layla. Não quero dizer que você esteja enganada, mas é fato. Ele é filho único.
_ Assim complica tudo Dr. Austin. Eu queria conversar com vocês três, mas devido a essa última informação...
_ Layla, pode dizer o que te incomoda. Estamos aqui.

_ Marie e eu não queríamos ficar sozinhas, mas nem Born e nem Scott iriam nos proteger depois que eu dissesse o que tinha que ser dito naquele momento.

_ Agora eu tenho medo. Contava com a resposta de vocês em relação ao homem que vimos.
_ Layla, pode confiar em nós.
_ Me dê algum tempo para pensar sobre isso Dr. Austin. Até a tarde eu o informarei minha decisão.
_ Tudo bem Layla. Enquanto isso descanse e você também Marie. Tranque a porta, estaremos por perto se precisarem de algo.
_ Obrigada.

_ Ficamos todos mais calmos ao longo do dia. Só o Dr. Austin teve um pouco de trabalho em tranquilizar as famílias das vítimas.
Dessa vez os oficiais não conseguirão esconder das pessoas da cidade esse horror acontecido no hospital.




;)

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